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Preso em Israel, brasileiro Thiago Ávila é levado à solitária após iniciar greve de fome

Ele foi detido durante missão humanitária rumo à Faixa de Gaza

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 12 de junho de 2025 às 10:38

Thiago Ávila
Thiago Ávila Crédito: Reprodução

Preso por forças israelenses desde segunda-feira (10), o ativista brasileiro Thiago Ávila foi colocado em uma cela solitária. A informação foi confirmada por sua advogada, que atua pelo Centro Legal para os Direitos das Minorias Árabes em Israel, Adalah. Segundo ela informou ao Correio Braziliense, o isolamento é uma retaliação à greve de fome e de sede iniciada por Thiago desde o momento da detenção.

A decisão judicial que determinou a deportação do ativista já foi tomada, e o prazo para sua saída do país termina nesta quinta-feira (12). No entanto, antes que a medida fosse cumprida, ele foi transferido para o confinamento solitário, dificultando ainda mais o contato com a família.

Lara Souza, companheira de Thiago, disse estar angustiada com a falta de informações diretas. “Estou muito nervosa e não sei o que está acontecendo. Estava tranquila até o momento da detenção. Sabia que essa missão era necessária. Nos falávamos todos os dias, mas, desde então, só permitem que ele converse com a advogada”, afirmou. “Ela chegou a me ligar e tentou me colocar em contato com o Thiago, mas as forças israelenses não permitiram”, completou. Emocionada, Lara ainda comentou sobre a postura do companheiro: “Eu o conheço e ele é puro coração. Deve estar pensando, neste momento, que isso não é nada, comparado ao que as pessoas estão vivendo em Gaza”.

Em uma carta escrita de dentro da prisão e endereçada à filha de apenas 1 ano, Thiago relatou sua motivação: “Querida Tereza, me desculpe por não estar por perto nos últimos dias, mas o papai estava tentando levar comida para outras crianças tão lindas como você. Infelizmente, elas estão ando fome por causa de pessoas que não entendem que todo ser humano tem o direito à liberdade.” No texto, ele ainda escreveu: “Eu realmente espero chegar em casa em breve. Penso em você e na sua mãe todos os dias. E, por isso, não posso aceitar que o mundo em que vivemos tenha tanta exploração, opressão e destruição. Não sinta medo pelo seu pai. Estou bem e estou esperançoso”.

A detenção aconteceu após a interceptação do barco Madleen, que levava Thiago e outros 11 ativistas da missão Flotilla pela Liberdade. O grupo navegava em direção à Faixa de Gaza com o objetivo de entregar ajuda humanitária, mas foi impedido de prosseguir por forças israelenses e acabou capturado. Até o momento, a missão não conseguiu chegar ao destino.